Afinal o que é a Direita e a Esquerda?
Últimas notícias

Como combater Bolsonaro e o Sistema – Posição sobre o 2º turno das eleições
Na condição de presidente do PSOL de Joinville, trago algumas reflexões sobre

Contra os ataques aos trabalhadores e à juventude
Os trabalhadores e a juventude não param de ser atacados. Temer e
A partir de uma análise histórica da humanidade percebemos que, em períodos de profunda crise dos sistemas de produção existentes, grande parte dos valores e instituições existentes se degeneram, e é justamente isso que estamos vendo acontecer atualmente no Brasil e no mundo, como consequência do aprofundamento da crise internacional do capitalismo.
Desde 2008 o Sistema Capitalista se afunda numa crise semelhante a crise de 1929. A burguesia e seus analistas não sabem o que fazer para resolver essa crise que é fruto da contradição do modo de produção capitalista.
Essa grande contradição do atual sistema é que ele desenvolveu tecnologia suficiente e forças produtivas capazes de atender a todas as necessidades da humanidade. Mas, o objetivo central do capitalismo não é atender as necessidades da humanidade e sim obter lucro.
Diante dessa crise de super produção e afim de manter seu sistema e seus privilégios, a burguesia e os governos a seu serviço, atacam e destroem, todos os direitos conquistados pela classe trabalhadora e pela a juventude. Destroem também as forças produtivas. O único objetivo, é manter os seus lucros a custa da exploração e sofrimento da maioria do povo.
Em nossa época, o chamado estado “democrático de direito”, que dizem existir para defender os interesses de todos, diante da crise, mostra sua verdadeira face. A face de um Estado a serviço dos interesses do capital.
A crise do sistema expõe a degeneração das instituições do estado burgues (Legislativo, Executivo e Judiciário), deixando claro que essas instituições foram criadas para atacar os direitos e conquistas dos trabalhadores e da juventude, e manter os interesses e privilégios da burguesia. Expõe também a degeneração das direções reformistas das organizações construídas pelo movimento operário, para romper com a ordem estabelecida. Na prática essas direções são vistas como esquerda, mas na realidade aplicam uma política de direita. Isso porque se adaptaram ao Estado burguês e se transformaram em gerentes dos interesses do capital. Assim a burguesia utiliza seus aparatos ideológicos e repressivos para falsificar e desqualificar o real significado de ser esquerda, socialista e comunista.
É preciso jogar uma luz sobre essa confusão, para ajudar a classe a separar o joio do trigo, e encontrar o caminho para superar a crise de direção, como já dizia Trotsky no Programa de Transição.
A caracterização de esquerda e direita surge pela primeira vez na história, durante a Revolução Francesa de 1789. Diante da crise do Antigo Regime, a Assembleia Nacional estava dividida entre o parlamentares de direita que sentavam a direita da mesa diretora que eram partidários do rei e do antigo regime, e os de esquerda que sentavam a esquerda da mesa da Assembleia Nacional e que eram simpatizantes da revolução e da transformação da ordem estabelecida.
Historicamente ser de esquerda é combater o sistema político e econômico vigente. Defender os explorados e oprimidos pela ordem estabelecida. Combater as políticas de estado mínimo, de privatização dos serviços públicos, de retirada de direitos dos trabalhadores.
Ser de direita é aplicar políticas que tem por objetivo salvar o sistema vigente. Defender a ideia de capitalismo é ser a favor do acúmulo de capital, dos serviços privados e da meritocracia.
O conceito de esquerda e direita é confundido atualmente não por acaso. É premeditado. As organizações reformistas contribuem para que essa desqualificação e falsificação se aprofundem gerando a desmoralização e o desânimo da classe trabalhadora e da juventude.
A partir dessa analogia, como dizer que um Governo que privatiza, que aplica políticas de defesa e manutenção do capitalismo e ataca os direitos dos trabalhadores e da juventude, seja de esquerda.
Essas direções, embora tenham uma origem de esquerda, por acreditarem ser possível humanizar o capitalismo, se adaptam ao sistema e seu Estado, fazendo alianças com a burguesia e seus partidos, passaram a aplicar uma política de direita. Se degeneraram e viraram o seu oposto.
A burguesia sempre se diz defensora da livre concorrência, do livre mercado, do estado mínimo e em tempos de crise exige de seu estado que ele seja máximo para a burguesia e mínimo para classe trabalhadora. Durante as crises fica explicito que o estado capitalista existe para manter os lucros e privilégios de pequenos grupos burgueses às custas da miséria e sofrimento da classe trabalhadora.
Portanto, para os trabalhadores e para a juventude só existe um caminho para mudar tudo isso. Ser de esquerda, e com unidade, organização e luta combater todos os ataques aos direitos e nesse combate fazer a revolução para construir o socialismo como transição para o comunismo. Só essa perspectiva teórica e prática pode dar um futuro a humanidade.
Postado por Adilson Mariano em 15/04/2016 - 5:16
Categoria: Artigos
Tags: Direita, esquerda, política